Rússia e Índia são “economias mortas”: Trump atira-se a Nova Deli e ameaça com novas tarifas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou as críticas à Índia e à Rússia, descrevendo ambas como “economias mortas”, no seguimento de um impasse comercial com Nova Deli. A ameaça de impor uma tarifa de 25% sobre produtos indianos deverá tornar-se efetiva já a 1 de agosto, embora autoridades indianas afirmem não ter recebido qualquer notificação formal por parte de Washington.

Executive Digest
Julho 31, 2025
15:32

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou as críticas à Índia e à Rússia, descrevendo ambas como “economias mortas”, no seguimento de um impasse comercial com Nova Deli. A ameaça de impor uma tarifa de 25% sobre produtos indianos deverá tornar-se efetiva já a 1 de agosto, embora autoridades indianas afirmem não ter recebido qualquer notificação formal por parte de Washington.

Num post publicado na sua rede Truth Social, Trump atacou a Índia por, segundo ele, manter tarifas “entre as mais altas do mundo” e fazer “muito poucos negócios” com os EUA. “Não me importa o que a Índia faça com a Rússia. Podem destruir as suas economias decadentes juntos”, escreveu o presidente, num comentário que agravou ainda mais as já tensas relações entre os dois países.

A Índia e os EUA trocaram mais de 129 mil milhões de dólares em bens em 2024, sendo os EUA o maior parceiro comercial da economia indiana. Apesar disso, a proximidade de Nova Deli com Moscovo — a quem continua a comprar armas e petróleo — tem gerado desconforto em Washington, especialmente após os EUA imporem sanções severas à Rússia, revela o ‘Financial Times’.

O governo indiano garantiu que “tomará todas as medidas necessárias para proteger os interesses nacionais”, enquanto analistas alertam para o potencial impacto de 10 mil milhões de dólares nas exportações indianas, caso as tarifas avancem.

A Apple, que recentemente transferiu parte da produção de iPhones da China para a Índia, poderá ser afetada indiretamente se a tensão escalar. Embora os smartphones estejam, por agora, isentos das tarifas, especialistas admitem que eventuais alterações poderão forçar a tecnológica norte-americana a rever preços ou decisões de investimento.

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